![]() Edwin Legarda na caminhonete em que foi morto. Foto cedida pelo CRIC. |
Legarda está entre as 1244 pessoas mortas em cinco anos.
BOGOTÁ - Em 16 de dezembro de 2008, Edwin Legarda foi alvejado por uma chuva de balas disparadas por militares colombianos enquanto dirigia um veículo oficial do Conselho Regional Indígena de Cauca (CRIC).
Segundo relatos da imprensa, o veículo foi atingido por 17 balas, matando Legarda e ferindo sua passageira, uma enfermeira que o acompanhava a caminho de buscar membros do Conselho Administrativo do CRIC para uma reunião na Reserva Indígena de La Mesa de Togoima.
Entre os líderes que Legarda deveria transportar estava sua esposa, Aida Marina Quilcué Vivas, Conselheira-Chefe do CRIC, que acabara de retornar de seu depoimento perante o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra sobre o extermínio em curso dos povos indígenas na Colômbia.
Legarda foi a 66ª pessoa indígena assassinada em 2008, e mais de 1.244 pessoas foram assassinadas nos últimos cinco anos, segundo a Organização Nacional Indígena da Colômbia (ONIC).
Líderes do CRIC afirmam que o ataque tinha como alvo a esposa de Legarda, que vem sendo ameaçada por grupos paramilitares – assim como outros líderes indígenas – por seu trabalho em defesa dos direitos humanos fundamentais dos povos indígenas.
A Organização Nacional Indígena da Colômbia e o CRIC exigem que o governo esclareça os fatos que envolvem o assassinato de Legarda e puna os responsáveis.
Eles também estão alertando a comunidade nacional e internacional sobre o grave perigo enfrentado pelos povos indígenas na região do Cauca e em toda a Colômbia. Consideram esses atos como parte de uma tentativa sistemática de extermínio dos povos indígenas na Colômbia.
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| De Bogotá, Constanza Vieira, da IPS Inter Press Service, apresentou duas reportagens impactantes detalhando as circunstâncias da morte de Legarda. "Não havia posto de controle" no local onde ocorreu o tiroteio do Exército. Vieira detalha como Legarda foi emboscado. Perguntas e Respostas: Assassinato do marido de líder indígena "foi uma operação planejada" apresenta entrevistas com líderes locais. | ![]() Aida Marina Quilcué Vivas, Conselheira Chefe do CRIC. Foto IPS de Judith Henriquez | |

