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Resolução do Senado designa 5 de maio de 2018 como Dia Nacional de Conscientização sobre Mulheres Indígenas Desaparecidas e Assassinadas

Em 5 de julho de 2013, Hanna Harris, membro da tribo Cheyenne do Norte, foi dada como desaparecida por sua família em Lame Deer, Montana. Quando seu corpo foi encontrado cinco dias depois, ela havia sido estuprada e assassinada. “Com muita frequência, em territórios indígenas e aldeias nativas do Alasca, mulheres indígenas desaparecem e nada é feito”, afirma Jana Walker, diretora do projeto Mulheres Seguras, Nações Fortes do Centro de Recursos Jurídicos Indígenas. “Esses desaparecimentos não estão recebendo a atenção e a urgência necessárias, e há uma falta de dados sobre o número de mulheres indígenas desaparecidas.”

Em fevereiro, o senador Steve Daines (republicano de Montana) apresentou uma resolução para designar o dia 5 de maio de 2018 como o “Dia Nacional de Conscientização sobre Mulheres e Meninas Indígenas Desaparecidas e Assassinadas”. A resolução, copatrocinada pelos senadores Tester (democrata de Montana), Udall (democrata do Novo México), Gardner (republicano do Colorado), Heitkamp (democrata de Dakota do Norte), Crapo (republicano de Idaho) e Rounds (republicano da Dakota do Sul), busca honrar a memória de Hanna Harris e homenagear outras mulheres indígenas americanas e nativas do Alasca desaparecidas e assassinadas nos Estados Unidos. O Senado aprovou por unanimidade uma resolução no ano passado.

A Resolução 401 do Senado deste ano reconhece explicitamente um estudo encomendado pelo Departamento de Justiça que constatou que, em algumas comunidades tribais, as mulheres indígenas americanas enfrentam taxas de homicídio mais de 10 vezes superiores à média nacional. Além disso, a resolução também cita dados de 2015 dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) que indicam que, naquele ano, o homicídio "variou da segunda à sétima principal causa de morte entre mulheres indígenas americanas e nativas do Alasca com idades entre 1 e 39 anos" e "permaneceu como uma das principais causas de morte para a maioria das mulheres indígenas americanas e nativas do Alasca"

Em 25 de abril, a Resolução 401 do Senado foi aprovada pelo Senado sem emendas. "A concordância do Senado com esta resolução continuará a aumentar a conscientização nacional sobre esses crimes horríveis e o apoio a reformas na justiça criminal, tão necessárias para proteger as mulheres indígenas", acrescenta Walker.

Clique aqui para ler o texto completo da resolução.