Em 15 de agosto , o Presidente e o Vice-Presidente do Parlamento foram presos por cobrarem a taxa de entrada no Parque Nacional Rapa Nui. Foram libertados no dia seguinte, mas proibidos de entrar em seus locais sagrados. O Presidente, Leviante Araki Tepano, foi preso mais duas vezes por retornar e proteger seu território ancestral.
Essas primeiras prisões foram seguidas por uma tentativa de busca ilegal no escritório do Parlamento de Rapa Nui, que foi contestada por vários parlamentares, incluindo Matias Riroroko e sua filha, Eliza Riroroko. O promotor então ordenou o fechamento do Parlamento de Rapa Nui e enviou forças policiais para impedir novas reuniões.
Em 26 de agosto, as forças de segurança chilenas prenderam Matias e Eliza Riroroko sob a acusação de crimes de associação ilícita, desacato, obstrução de investigação, atentado ao poder e fraude. Foi decretada a prisão preventiva de ambos por 120 dias, enquanto as acusações eram investigadas. As prisões dos Riroroko foram anuladas pelo Tribunal de Apelações por falta de provas, e Matias e Eliza foram libertados em 4 de setembro. Contudo, em 10 de setembro, quando Eliza Riroroko se preparava para ir a Genebra discursar no Conselho de Direitos Humanos da ONU, foi presa novamente, juntamente com seu pai e o presidente e vice-presidente do Parlamento da Rapa Nui. Os quatro foram acusados de representar um “perigo para a sociedade” e colocados em prisão domiciliar por tempo indeterminado. Essas prisões arbitrárias estão sendo novamente analisadas pelo Tribunal de Apelações.